Pandora, Controle Sobrenatural, A Queda – 1 Livro da Trilogia

Autor: Fonseca, Nazarethe

Editora: Giz
Categoria: Literatura Nacional
Novembro de 2014

Número de Páginas :376

A Queda – Pandora, Controle Sobrenatural.
Zoe Lessa e outros detetives da agência de Controle Sobrenatural Pandora lutam para manter incógnita a presença do sobrenatural na cidade de Sacramento, reduto de todos os tipos de criaturas.
Mas a rotina da agente é quebrada pela chegada de Alex Olivares, veterano colecionador de êxitos. O clima entre eles não é dos melhores, mas juntos, terão que solucionar uma série de suicídios suspeitos e terão que passar por cima das diferenças para salvar a próxima vítima. Caliel chegou a Sacramento em busca de uma antiga ordem de guerreiros, defensores dos mortais, os Arcanos. O que ele não desconfia é que uma intrincada profecia prediz a queda de um jovem Nefilim, que trará dor e morte sobre tudo e todos. Tentado por anjos caídos e convocado por anjos, Caliel hesita entre a luz e as trevas.Agora a corrida é contra o tempo, a transformação é inevitável, os inimigos são muitos e o cerco está se fechando.
Todos serão levados ao limite, segredos serão revelados, poderes descobertos. Zoe Lessa, Alex Olivares e Caliel terão que unir forças para enfrentar velhos inimigos e sobreviver à queda.

Trecho do Livro

Quando Alex Olivares parou de colocar comida no prato, Zoe Lessa estava enjoada. Havia comido demais pressionada por ele. Tomou suco de laranja, atacou um waffle com mel, torradas com ovos e bacon junto com uma xícara de café com leite, por fim pegou uma maçã.

– Você come como um passarinho.

Ela riu, bastante à vontade.

– Alex, queria te agradecer por tudo.

– Foi um prazer.

– Agora me deixe cuidar desses ferimentos, por favor. Não quero que tenha uma infecção – ela apontou para a gola da camiseta onde aparecia a mordida do lobisomem.

– Está com medo de que preste queixa na Pandora? – comentou sorrindo. – Não sei. Queria ficar com as marcas para impressionar algumas lobas.

– Não seja bobo. Estou tentando pagar minha dívida. Vamos, tire a cami­sa e me deixe retribuir.

Ela se levantou e parou na frente dele. Alex puxou a camiseta por so­bre os ombros e a cabeça. Zoe analisou os curativos. Teve de retirá-los para examinar os cortes com atenção: Eram profundos, e as bordas ainda estavam bastante vermelhas.

Quando seus dedos delicados tocaram-lhe a pele, Alex estremeceu e mandou uma onda involuntária de energia para a nefilim.

– O que devo fazer?

– Apenas relaxe e fique quieto.

Alex viu as pontas de seus dedos se iluminarem. Sentiu a pele ferida for­migar, esticar-se, quando a luz o alcançou. A nefilim seguia cuidadosamente os cortes, apagando-os, deixando a pele intacta. Foi para suas costas e fez o mesmo com o ombro e o braço. As mãos passearam por suas costelas doloridas fazendo as marcas roxas sumirem, curando vasos rompidos.

Alex gemeu sentindo a carne se restaurar sob aquela força delicada. Era relaxante e doloroso. Sentiu novamente o corpo reagir ao seu toque. Era total­mente involuntário. “Que maldita magia aquela criaturinha possuía?”, pensou, segurando-se na ponta da mesa. Respirou fundo e usou seu autocontrole. Não iria se mostrar tão vulnerável. Não mesmo.

– Pronto. Novinho em folha.