Seduzida pelo sol ardente e pelas paixões ofuscantes da Itália Renascentista, a jovem Lucrécia de Medici, de 16 anos, vê uma vida dourada estendendo-se à sua frente. Seu marido muito rico escolheu-a como esposa, e o grande castelo dele em Ferrara vai ser o seu playground. Mas Alfonso d’Este, Duque de Ferrara, rapidamente se mostra tão perigoso e misterioso quanto é moreno e bonito, e as paredes de pedra do castelo parecem fechar-se em volta de Lucrécia como os muros de uma prisão. Apenas a amante do duque, Francesca, parece capaz de domar sua fúria crescente, enquanto sua necessidade desesperada de produzir um herdeiro o faz cair numa obsessão delirante. Com a cabeça cheia de sonhos desfeitos, Lucrécia foge dele por um caminho perigoso que pode lhe custar muito caro.

 

Ler qualquer trama do período da renascença me deixa muito inspirada. As intrigas políticas movidas pela igreja nesse período mudaram o mundo. Sem falar no florescimento da arte, ciência, e da arquitetura que hoje são monumentos da humanidade. Época de criaturas como Da Vinci, Michelângelo, famílias poderosas como os Bórgias, e seus rivais, os Médici. Deixaram o mundo bem mais interessante. Claro, os assassinatos, as conspirações mudaram a história.

Mas vamos ao que interessa o livro. Nunca ouvi falar nada de Lucrécia de Médici, a protagonista. Apesar de ser um personagem histórico, o livro não é de ficção histórica.

Não vá ler esse livro buscando muita ação, tudo ocorre de maneira lenta. O casamento sem amor, infeliz. Alfonso d’Este, Duque de Ferrara, marido da protagonista, não surpreende, tem amantes, esta obcecado por um herdeiro, e para ele Lucrécia é apenas um objeto que ele comprou. Normal para os padrões da época. A rotina de uma mulher nesse século só agitada pelo aparecimento de uma gravidez, ou trair o marido com os artistas da epoca.

A forma que a autora detalhou como os afrescos eram me deu uma boa carga interessante de conhecimento. Mas digo, ela descreve pouco os personagens, talvez isso tenha me mantido distantes deles durante a leitura, sem que pudesse torcer com mais empolgação. No entanto, os diálogos são o seu forte.

Tenho grande resistência a “Casamentos Fracassados”, fico logo muito puta da vida. Afinal ela poderia ter tramado a morte dele. Ele merecia, um sujeito nauseante.

O livro convence, mas poderia ter sido muito mais vibrante, sabe aquela coisa de você pegar o livro e de vez em quando gritar: yes! Isso! Não houve.

Eu esperava mais da autora julgando pelo material que ela tinha em mãos. Mas a leitura é Boa. É que eu estou num pique de livros mais cheios de ação. E fui também cheia de expectativas, mas vale a leitura. Minha nota? Três beijos mordidos!

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