Anos após a Primeira Guerra Mundial, um navio se aproxima de uma ilha isolada na Antártica. À bordo está um homem, mandado para substituir outro que desapareceu. Ao chegar na ilha, ele encontra apenas um náufrago perturbado que testemunhou algo que se recusa a comentar. Mas ele logo descobrirá quando a noite cair.
Tenho admiração pelo mar e seus mistérios e esse filme me chamou a atenção por exatamente trazer o mar, e o isolamento que ele impõe a todos os que o buscam, sem falar no farol. Essas construções iluminam a escuridão, salvam vidas, mostrando o caminho através de águas turbulentas, uma espécie de fortaleza sombria.
Nesse drama fantástico, A Pele Fria, uma adaptação do livro de mesmo nome do escritor espanhol Albert Sanchez Piñol, nos joga em um lugar isolado no Círculo Ártico, anos depois da Primeira Guerra Mundial. O diretor, Xavier Gens é o mesmo diretor de A Fronteira. Assim que assistir esse filme, posto por aqui.
Um jovem oficial, por escolha própria, resolveu assumir o posto de observador, dos mares no local. Ao chegar na ilha não encontra o homem a que deveria substituir. Segundo foi informado pelo único habitante da ilha seu antecessor morreu doente.
A casa onde habitava esta deserta, abandonada, mas tem uma estranha cerca de proteção. Deixado em sua nova função ele trona a cabana habitável sem saber que ao anoitecer ele enfrentará um horror indescritível.
O que vemos é assustador e complexo para ser definido em poucas palavras. Durante todo o filme eu tentei desvendar o motivo pelo qual as criaturas saiam do mar em massa para atacar os dois habitantes da ilha. Claro, o recém-chegado já havia pego o bonde andando. Era mero expectador e se envolveu nessa terrível guerra apenas por esta no mesmo espaço de terra.
Como sempre é possível ver a natureza humana agindo em sua melhor forma tanto para fazer o bem, como para ser desprezível.
O filme faz refletir, tentar achar uma lógica para os ataques e o motivo pelo qual uma dessas criaturas se mantem ao lado dos dois homens.
O filme em nada tem de similar com o filme, A forma da Água. É um filme cru, violento com cenas fortes e com um final realmente imprevisível, mas o mais adequado a toda a questão e como ela se desenvolveu ao longo do filme.
Gostei bastante e recomendo para quem gosta de se aventurar por tramas diferentes e com uma certa lição de vida. Minha nota? Quatro beijos mordidos!
CENTRAL DA NAZA 
Deixe um comentário