Quando começo a escrever um novo livro tudo começa com uma anotação. Aquela ideia escrita é o ponto de partida para algo maior. Uma frase, uma cena inteira resumida em uma frase.

“Lembrar de Vitor e Frigia, eles estão no Templo”.

Ao escrever isso em meu bloco de notas, pude ver toda a cena. É o universo de Alma e Sangue, eu conheço os recantos, as câmaras do templo, as piscinas onde os Anciões se divertem. Sei onde Frigia e Vitor estão e o que eles farão. Os vi completamente. E sempre que leio a anotação ela traz essas imagens.

Não sei se isso ocorre com todos os escritores, mas comigo as notas funcionam assim. São portas para um salão amplo dentro de minha mente.

Estou aos poucos eliminando as notas do primeiro livro das Crônicas de Alma e Sangue, é regra, ao escrever o capítulo, as rasgo e jogo fora. Mantê-las iria me confundir.

Ter esses pequenos lembretes ajuda o escritor. Porque em alguns casos, você pode ter ideias para um capitulo que ainda não escreveu.

Eu geralmente tenho um caderno para notas, mas confesso que nunca funciona como previsto. As notas são filhas das ideias, criaturas muito peculiares que aparecem em qualquer lugar e hora. Eu não mantenho o caderno de notas comigo o tempo inteiro, então vale qualquer pedaço de papel. Então, mas minhas notas são bagunçadas.

Foram tantas reunidas para esse novo livro, que tive de praticamente parar de escrever e colocá-las em ordem cronológica.

Elas podem ajudar o escritor a criar, a força ideias a aparecerem. Isso é possível? Sim, no momento que você começa a pensar nos capítulos e personagens e escrever pequenos detalhes ideias podem aparecer.

Escrever é moer ideias.

Beijos mordidos!

 

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