Você conhece bem seus vizinhos? Saberia dizer se eles estão vivos ou mortos?
Ao encontrar por acaso o corpo de uma vizinha em avançado estado de decomposição, Annabel Hayer, que trabalha com análise de informações para a polícia, fica horrorizada ao pensar que ninguém — e isso inclui ela mesma — sentiu falta daquela mulher. De volta ao trabalho, ela vasculha os arquivos policiais e encontra dados que mostram um aumento significativo de casos como aquele nos últimos meses em sua cidade. Conforme aprofunda a investigação, Annabel parece cada vez mais convencida de estar no rastro de um assassino, e é obrigada a enfrentar os próprios demônios e a própria fragilidade. Será que alguém perceberia se ela simplesmente desaparecesse? Um thriller psicológico extremamente perturbador, Restos humanos fala de nossos medos mais obscuros, mostrando como somos vulneráveis — e a facilidade com que vidas podem ser destruídas quando não há ninguém que se importe com elas.
Primeiro livro que leio da autora, posso dizer que gostei e ao mesmo tempo não. Vou explicar enquanto falo sobre a história do livro.
Tudo começa quando uma agente da polícia, Annabel Hayer, ela é analista criminal e encontra o cadáver de uma vizinha. Ela tem quarenta anos e vive só com sua gata voluntariosa, na verdade, a gata a levou ao corpo.
O mais assustador é que o corpo estava em adiantado estado de decomposição. Nos dias de hoje ninguém se mete na vida dos vizinhos. Alguém pode morrer e ninguém vai notar. Claro, somente o cheiro pode denunciar algo assim. Mas nesse caso não ocorreu. Essa é uma realidade comum nos dias de hoje em grandes cidades.
A situação toda a choca. A mulher morreu sozinha, um fim comum para pessoas solitárias. Mas esse tipo de morte é extremamente inquietante, afinal, ela lida com indicie de criminalidade de todos os tipos.
Annabel Hayer tem uma mãe enferma que visita todos os dias. Seu trabalho como analista criminal a coloca diante de todo os tipos de mortes que ocorrem na cidade. A maioria violentas. Não algo tão silencioso e cruel. Ao investigar mais profundamente descobre que existem mais casos como aquele, e num curto espaço de tempo. Essas mortes que aparentemente eram naturais são assassinatos.
A investigação leva Annabel a se perguntar qual será o seu fim, visto que vive como qualquer uma das vítimas. Sua vizinha era visitada por um homem chamado Graham, quem ela acreditava ser seu marido. O que se prova diferente.
Para pôr mais pressão na história, a mãe de Annabel morre, daí em diante ela fica completamente obcecada em descobrir mais sobre sua vizinha, Shelley. Nesse meio tempo mais dois corpos são encontrados.
A narrativa de cada capítulo feita por Annabel nos faz conhecer ela e as vítimas do assassino isso através dos jornais, dos depoimentos dos já falecidos, sim, os mortos. E o que os levou a sua morte.
O caminho que a autora fez para contar a história é interessante, mas achei em dados momentos lentos e confesso que me entediou. Os métodos do serial Killer foram para mim um tanto quanto fracos. Poxa convencer alguém a morrer. Claro todas as vítimas estavam extremamente fragilizadas, mas achei demais.
É sem dúvida um assassino esquisito. Mas profundamente doente, perverso, não o achei fascinante, na verdade é pobre em sua loucura.
Só mais um exemplo de até onde um humano pode chegar para satisfazer seus instintos doentios.
Minha nota? Três beijos mordidos!