Quando o mundo que conhecemos está prestes a ser arrasado, é preciso apostar tudo na redenção. Os anjos do apocalipse chegaram e vieram para aterrorizar a humanidade e acabar com o mundo moderno. Gangues de rua tomam conta do dia, enquanto o medo e a superstição dominam a noite. Quando anjos guerreiros sequestram uma menininha indefesa, sua irmã mais velha, Penryn, fará o que for preciso para salvá-la. Até mesmo um acordo com um anjo inimigo. Raffe é um guerreiro caído, que perdeu as asas. Depois de eras lutando suas próprias batalhas, ele é resgatado de uma situação desesperadora pela jovem Penryn, que concorda em ajudá-lo desde que ele mostre a ela como encontrar sua irmã. Viajando por um mundo sombrio e perigoso, eles podem contar apenas um com o outro para sobreviver. Juntos, vão em direção à fortaleza dos anjos em São Francisco, onde Penryn arriscará tudo para resgatar sua irmã e Raffe se colocará à mercê de seus piores inimigos pela chance de voltar a ser inteiro.
Nesse apocalipse não tem zumbis, e sim anjos. Os emplumados desceram a terra e destruíram tudo que conhecíamos, a sociedade caiu e gangues assumiram o comando do que sobrou das cidades das vidas humanas que não foram chacinadas pelos anjos. Os países retaliaram com armas e o que restava do mundo caiu de joelhos.
Os sobreviventes vivem escondidos caçando, matando para viver mais um dia.
Vamos aos fatos, gostei do livro, mas achei no texto algumas similaridades com outras distopias. No geral a mãe da mocinha é sempre alguém com problemas de concentração ou desequilibrada mesmo.
Penryn a personagem principal decide deixar o prédio onde se escondem para procurar um lugar seguro e com mais suprimentos. Ela, sua irmã paraplégica, e a mãe esquizofrênica saem pelas ruas destruídas e cheias de bandidos em busca de comida e abrigo quando alguns anjos literalmente caem do céu em uma disputa de poder.
Sua irmã é raptada por um dos anjos, um dos anjos tem literalmente as asas cortadas fora e sua mãe desaparece. Sem escolha Penryn ajuda o anjo ferido em busca de informações do paradeiro de sua irmã.
A narrativa não é cansativa, a autora conseguiu deixar a coisa interessante e dá significado ao laço de quase amizade, que surge entre Penryn e o Anjo. Juntos eles empreendem uma jornada em busca de respostas e vingança e encontram muito mais pelo caminho.
Penryn é engraçada, forte, corajosa e bate muito bem. Isso me conquistou, sua capacidade de lutar sem medo de se machucar. Achei a cena de luta muito forte e me lembrou quando a personagem principal da série divergente Beatrice, luta e leva a maior surra.
Em nenhum momento ela desiste da busca, de continuar acreditando que sua irmã ainda está viva. Acredito que foi isso que fez Raffe, o anjo se apaixonar por ela. Spoiler? Não, está mais de que claro, que o anjo ia cair de amor pela mortal. Desculpa o trocadilho. Risos. Isso é básico, mas não estraga o enredo. Apesar das coisas obvias você segue lendo o livro para ver como vai terminar.
Ela despreza os anjos e tudo que eles fizeram, pois como a maioria dos mortais tem uma ideia “romantizada” dos anjos. Quando na verdade a maioria das aparições dos anjos são para anunciar desgraças.
O clima entre Raffe e Penryn é de tolerância ácida, afinal, ele é o único que sabe a localização do “quartel general dos anjos”. Ela suporta seus comentários por vezes cruéis e sua reprovação. Raffe é forte, um guerreiro ágil, mortal, apesar de ter perdido as asas ainda é incrivelmente lindo e…Anjo.
Os dois passam por um acampamento humano e descobrem que a raça humana pretende lançar-se num último ataque para expulsar os anjos. Detalhe, é para lá que eles vão enfrentar os inimigos. A coisa toda se complica quando Raffe é visto como um líder entre os anjos e isso vira uma guerra de poder entre eles.
O final do livro nos mostra experiências com crianças humanas e um futuro sombrio para Raffe e Penry.
Vou aguarda para ler a continuação. Gostei do livro, e minha nota? Quatro beijos mordidos!
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