Por gerações, a família Bradford foi coroada como magnata da capital mundial da produção de bourbon, no Estado norte-americano de Kentucky. A fortuna permanente lhes proporcionou prestígio e privilégios bem como a divisão de classes, conseguida a duras penas, na vasta propriedade familiar, a Easterly. No topo dela, há uma dinastia que, para todos os efeitos, joga de acordo com as regras da boa sorte e do bom gosto. Na base, os empregados que trabalham sem parar para manter impecável a fachada dos Bradford. E nunca os dois lados deverão se encontrar. Para Lizzie King, a jardineira-chefe, cruzar essa fronteira quase arruinou sua vida. Apaixonar-se por Tulane, o filho pródigo da dinastia do bourbon, não foi o que pretendia, nem o que desejava, e o rompimento amargo só provou que seus instintos estavam certos. Agora, após dois anos de afastamento, Tulane finalmente retorna para casa, e traz consigo o passado. Ninguém sairá ileso: nem a bela e insensível esposa de Tulane; nem seu irmão mais velho, cuja amargura e rancor desconhecem limites; tampouco e especialmente o patriarca, um homem de pouca moral, ainda menos escrúpulos e muitos, muitos segredos terríveis. Enquanto as tensões familiares profissionais e particulares florescem, Easterly e todos os seus habitantes serão lançados nos domínios de uma transformação irrevogável, e somente os fortes sobreviverão.
Sou fã de J.R Ward e quando vi o livro os Reis do Burbon soube de imediato que iria ser uma boa leitura. O problema é que não sabia que o livro teria continuação. Agora depois da maravilhosa leitura, estou aqui sofrendo. Risos.
Foi uma leitura estimulante e cheia surpresas e cenas fortes, bem ao estilo da autora que não tem melindres em falar de sexo e um certo nível de violência. Essa mistura ela sabe dosar perfeitamente e seduzir qualquer bom leitor.
Aqui ela está num universo diferente do criado para a série “A Irmandade da Adaga Negra”.
Nem por isso o livro deixa de seduzir os leitores da série vampiresca.
Imagine uma família rica que tem como chefe um pai controlador, ambicioso, manipulador, cruel, sem moral, com poder para destruir sonhos e vidas? É essa a família Bradford. Ele tem o controle total da empresa da família que é uma antiga produtora de Bourbon. O melhor é claro. Ele tem
A mãe, a senhora Baldwine, está numa cama sendo assistida por enfermeiras, pouco fala. Sofre de profunda depressão, vive num mundo a parte.
Os filhos são Edward, Maxwell, Virginia Elizabeth Bradford Baldwine, ou Gin. Todos com feridas profundas criadas pela convivência em família e o excesso de poder e dinheiro.
A história em alguns momentos me fez lembrar Dalas ou Dinastia, mas não cansou minha paciência. Na maioria dessas séries o mal parecia sempre vencer mais que o bem e odeio isso. Esse toque se deve ao jogo de poder, e o desenrolar dos acontecimentos, que são surpreendentes e chocantes.
O livro começa com o retorno de Lane Tulane volta a propriedade da família após um longo período de afastamento, dois anos. Ele é quem nos conduz durante toda a trama. Apaixonado por Lizzie King, a jardineira-chefe da propriedade Bradford, ela é forte e determinada e sobreviveu com cicatrizes do romance que teve com Lane. Com o seu retorno velhas feridas vão se abrir fazendo ambos enfrentar seu passado juntos. Ele veio disposto a recuperar o amor de Lizzie, que perdeu ao ser surpreendido pelo famoso golpe da barriga dado pela socialite Chantal Blair Stowe. Uma cobra com braços, literalmente falando.
O que achei muito difícil dadas as circunstancias, a família Bradford vai enfrentar uma verdadeira tempestade de problemas criados por segredos, uma conspiração, crimes que podem causar a ruina de uma grande fortuna.
Enquanto Lane tenta recuperar Lizzie, acompanhamos a vida miserável levada por Edward, o primogênito do clã. Ele é o mais odiado pelo pai e o que mais sofreu em suas garras manipuladoras. Jovem, bonito, inteligente e um grande empresário se viu sequestrado e torturado por homens inescrupulosos, que há suspeitas de que foram contratados pelo seu pai para limitar seu poder e afastá-lo da empresa. Ele vive recluso em um rancho, desfigurado e entregue a bebida. É completamente apaixonado pela jovem herdeira da destilaria chamada Sutton, rival dos negócios da sua família. A segunda maior empresa de Burbon do mundo, vale dizer.
O jogo é para peixe grande, nada de falar em milhões, aqui as quantias são de bilhões de dólares. A ovelha negra da família, Maxwell é desconhecido, e não apareceu no livro para deixar aquele gostinho de mistério. Mas pelo que se comentou dele é um tipo encrenqueiro.
Nota especial para a Gin. Ela tem uma filha, mas não deixou de ser uma patricinha mimada e complicada. Algo das maquinações do pai, vai se ver envolvida em um jogo de interesses e forçada a casar para fechar um acordo milionário para favorecer seu pai. Resta saber se ela vai ceder. Seu coração pertence ao pai de sua filha. O advogado Samuel Theodore Lodge. Os dois tem uma relação tempestuosa, cruel e com traições mútuas. Detalhe ela nunca revelou que a filha que tem é dele.
Eu adorei o livro, os casais são incrivelmente interessantes. E a sequência de acontecimentos que ocorrem dando mostras de um tsunami financeiro são muito bem boladas. Quando cheguei a última página fiquei em choque, eu queria mais.
Sempre evito ler livros que não tenho a pelo menos o segundo livro lançado, mas dessa vez fui com muita sede ao pote. Agora é esperar. Mas assim que ler o segundo livro faço a resenha aqui no canal.
Minha nota? Cinco Beijos Mordidos!